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Sucre: a cidade branca (parte 2)

  • Foto do escritor: Carol Ussier
    Carol Ussier
  • 5 de jun. de 2016
  • 3 min de leitura

(leia também a parte 1) Pulei da cama cedo no meu segundo dia porque estava animada para ver Sucre durante o dia, e ela é realmente muito bonita: toda branca e rodeada por montanhas. Existem muitas construções históricas, museus e igrejas e na minha opinião a melhor forma de conhecer a cidade é simplesmente andar por suas ruas, explorando cada canto, esquina e fachada. ​

Depois de divagar um pouco pela cidade, sem um destino específico, resolvi parar em um restaurante que o Danniel (o boliviano que me hospedou) tinha me indicado. Com uma portinha modesta e localizado quase em frente à praça principal (Plaza 25 de Mayo), o Capital Café está sempre lotado. Ao contrário de todos os outros restaurantes ao redor da praça, que estão cheios de turistas, os preços nele são super acessíveis e você pode acabar tendo a mesma sorte que eu e dividindo a mesa com sucreños. Eu tinha visto no mapa que havia um mirante (Mirador Recoleta) e resolvi tentar acha-lo. Depois de caminhar por mais algumas ruas completamente brancas, passar por incontáveis igrejas (sério, são muitas!) e perder o fôlego em uma ladeira, finalmente cheguei ao topo. O mirador fica em frente à uma escola e eu cheguei bem no horário de saída das crianças. Fiquei bons minutos observando a movimentação: algumas mães pendurando os filhos em suas costas com tecidos coloridos, um grupo jogando futebol, crianças correndo... me perdi tentando imaginar a vida de cada um deles. E a vista de lá é realmente incrível: dá para ver toda a cidade! Foi meu lugar preferido de Sucre e com certeza eu poderia ter ficado sentada ali bem mais do que as 2 horas que fiquei. Há um restaurante no mirante que parece ser bem aconchegante. Como eu estava viajando em um esquema low budget, só entrei para fuçar.

Cruzei mais uma vez sem querer com o brasileiro que conheci no desembarque (Antonio) e descobrimos que estaríamos na mesma data e no mesmo hostel em La Paz. Como eu sempre digo: viajar sozinha não é o mesmo que ficar sozinha =). Eu precisava trocar um pouco mais de dinheiro e descobri que ao redor do Mercado Central existem vários lugares com boas cotações. Aproveitei para ir novamente ao mercado e comprar algumas frutas para os dias seguintes (ótima pedida se seu próximo destino é o salar) e conheci uma sucreña muito simpática em uma das tendas que me contou um pouco mais sobre a vida por ali. Saindo do mercado, resolvi conhecer a Casa de La Libertad, onde é necessário pagar Bs. 15 para entrar. Cheguei nela e... CADÊ MINHA CARTEIRA?! Segundo dia de viagem e eu já tinha perdido meu cartão de crédito e o dinheiro que tinha acabado de trocar, não era possível. Voltei correndo ao mercado e achei minha carteira jogada no chão, no meio de caixas de frutas e INTACTA, com tudo dentro. Nessas horas eu penso que tenho anjos mochileiros muito fortes, rs.. e eles tiveram trabalho mais algumas vezes durante esse roteiro.. Terminei o dia experimentando a primeira cerveja boliviana, assistindo performances de danças típicas e discutindo sobre machismo com o meu host no bar do Kultur Berlim.

DICAS PRÁTICAS

TRANSPORTE: faça tudo a pé, as distâncias são curtas! Para trechos mais longos, como a rodoviária ou o aeroporto, pegue um ônibus municipal (apenas 1,50 bolivianos). Se precisar de taxi, uma corrida no centro (que sempre é compartilhada com outros passageiros) não deve custar mais do que 5 bolivianos. ​​

HIGHLIGHTS: Mirador Recoleta Casa de la Libertad (para conhecer e entender a história da Bolívia - espere pelo tour guiado!)

HOSPEDAGEM: eu fiz couchsurfing em Sucre (e, como sempre, recomendo), então não posso opinar muito sobre outras opções. Conheci internamente o hostel Kultur Berlim, que é bem localizado, cheio de gringos e ponto de encontro para beber e dançar à noite. ​

PARA COMER E BEBER: Capital Café (plaza 25 de Mayo) - barato e autêntico Café Condor (calle Calvo) - para conhecer outros mochileiros (eles também organizam trekkings em fazendas orgânicas.. fiquei com vontade de fazer!)

 
 
 

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Carol Ussier
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Uma mulher itinerante, que se encontra na diversidade, no coletivo e na profundidade. Morei por quase 7 anos na África Ocidental, onde me reconectei com minha expressão no mundo: a dança. Acredito na arte como ferramenta de transformação e de ativismo, e sigo pelo mundo tentando entender a relação dos povos com os corpos e a dança. 

 

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