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Sucre: a cidade branca (parte 1)

  • Foto do escritor: Carol Ussier
    Carol Ussier
  • 29 de mai. de 2016
  • 4 min de leitura

Sucre, para mim, foi a cidade mais aconchegante de toda a viagem, além de ser uma ótima porta de entrada. Eu decidi inclui-la em meu roteiro basicamente por duas razões: era a forma mais barata de chegar na Bolívia e é uma cidade importante se você quer se acostumar à altitude em doses homeopáticas (ela está a apenas 2.800 m). Sucre é a capital constitucional da Bolívia e guarda boa parte de sua história colonial. Reservei 2 dias para ficar lá e ficaria mais se pudesse =). Ou seja, se Sucre ainda não faz parte do seu roteiro, vale a pena pensar uma segunda vez...

PRIMEIRO DIA Depois de fuçar em muitos sites (decolar, expedia, kayak...) o voo mais barato que encontrei saindo de São Paulo para a Bolívia foi um da GOL, com destino a Santa Cruz de La Sierra. No dia 21 de abril sai de SP às 10h da manhã e em 3h estava no aeroporto Viru-Viru, em Sta Cruz. Eu optei por não incluir esta cidade em meu roteiro por uma simples questão de tempo. Minha passagem por lá foi meramente estratégica: há voos baratos entre Sta Cruz e Sucre. Algumas pessoas fazem esse trecho de ônibus, mas eu recomendo muito a forma como fiz. Mesmo pegando 2 voos (São Paulo - Sta Cruz e Sta Cruz - Sucre), o trajeto ficou mais barato do que qualquer outro voo entre Brasil e Bolívia e, claro, eu ganhei tempo. Logo na fila da imigração em Sta Cruz conheci um brasileiro que faria um roteiro semelhante ao meu e que também estava indo a Sucre. Nas 4h de espera entre um voo e outro aproveitamos para trocar um pouco de dinheiro, comer algo e conversar bastante sobre nossos sonhos de viagens =). Eu acabei trocando pouco dinheiro, pois sempre penso que a cotação em aeroportos é alta.. mas ao longo da viagem acabei descobrindo que a cotação estava ótima! Portanto, se passar pelo aeroporto Viru-Viru, troque seu dinheiro sem medo.

Para ir de Sta Cruz a Sucre comprei, antecipadamente, uma passagem da companhia aérea boliviana Amaszonas (R$216). O avião era incrivelmente pequeno, com apenas 9 fileiras e nossas cabeças quase encostando no teto e a viagem durou apenas 50 minutos. ​Chegamos em Sucre e na própria sala de desembarque encontramos uma salinha de informações turísticas onde cada um pegou um mapa da cidade e acabamos conhecendo mais um mochileiro brasileiro que viajava sozinho. Assim que saímos, fomos assediados por MUITOS taxistas oferecendo para nos levar ao centro por Bs. 30. Como eu estava com o Carlos (que conheci na fila da imigração) optamos por arriscar e pegar um ônibus e foi a melhor escolha que fizemos.

Voo Sta Cruz - Sucre, pela Amaszonas (R$216)

Portando, primeira dica: vale a pena pegar o ônibus local (autobus ou colectivo), que custa 1,50 bolivianos, ao invés de taxi (30 bolivianos). Os ônibus que vão para o centro passam na frente do aeroporto, atravessando a rua (não existe um ponto de ônibus e não há indicação). Existem várias opções para o centro, mas nós perguntamos qual ia ao "Parque Bolivar" e acabamos pegando o autobus D, que tem o parque como ponto final. Os ônibus locais por lá são super coloridos e a porta normalmente nunca é fechada... eles me lembraram um pouco os jeepney das Filipinas =).

Entrada do aeroporto, vista do local onde os ônibus para o centro passam

Os ônibus são pequenos, coloridos, aconchegantes e sempre estão com a porta aberta

Em Sucre eu fiz couchsurfing e quando cheguei meu host ainda não estava pronto para me receber, então aproveitei a companhia do Carlos para já dar uma volta =). A primeira coisa que fizemos ao descer do ônibus foi parar em uma farmácia para eu me munir de soroche pills (cápsulas para evitar o mal de altitude). Cada pílula custava 4 bolivianos e a farmacêutica me orientou a tomar 2 pílulas por dia. Comprei uma cartelinha cheia, que tinha 10 pílulas (no fim acabei tomando apenas 8...). Fomos até o hostel dele, para que ele fizesse check-in, e depois decidimos ir passear no mercado municipal. O mercado é realmente uma experiência cultural. Já era noite quando chegamos e ele estava ainda cheio de gente buscando pelas frutas deliciosas sem agrotóxicos, ou alguns pães/empanadas ou os famosos sucos de fruta. Eu aproveitei para comprar o meu saquinho de folhas de coca (peça por "hojas de coca"), por apenas Bs. 2. Acabamos cruzando novamente com aquele brasileiro que conhecemos no desembarque em Sucre e foi quando eu comecei a perceber que encontraria muitos futuros bons amigos pelo caminho. Voltamos caminhando do mercado. A cidade fica muito bonita durante a noite, com todos os monumentos iluminados. Foi uma ótima primeira impressão =). Como já estava ficando tarde, peguei um taxi pela rua mesmo e fui para a casa do Danniel, que foi meu host por 2 noites. O segundo dia em Sucre foi intenso e por isso reservei um post exclusivamente para ele. Ah, não esqueçam de me perguntar se tiverem alguma dúvida ou mesmo alguma curiosidade específica. Deixe seu comentário ou, se preferir, na página "contato" tem meu e-mail e instagram. Vou adorar te ajudar a planejar a sua versão dessa viagem incrível. ​

 
 
 

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Carol Ussier
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Uma mulher itinerante, que se encontra na diversidade, no coletivo e na profundidade. Morei por quase 7 anos na África Ocidental, onde me reconectei com minha expressão no mundo: a dança. Acredito na arte como ferramenta de transformação e de ativismo, e sigo pelo mundo tentando entender a relação dos povos com os corpos e a dança. 

 

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