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8 coisas básicas que você precisa saber antes de viajar para Bolívia e Peru

  • Foto do escritor: Carol Ussier
    Carol Ussier
  • 18 de mai. de 2016
  • 4 min de leitura

Como boa mochileira que gosta de se planejar, li vários relatos nos meses que antecederam a viagem. Se você pretende fazer esse roteiro, talvez já tenha lido outros relatos também. Muitos deles mencionam coisas como "compre folha de coca" ou "negocie preços", que são coisas básicas e realmente importantes pra quem faz Bolívia/Peru. Porém, em todos os relatos essas dicas estão soltas no meio do texto. Para facilitar a vida de quem quer encarar esse roteiro, separei 8 coisas que considero importantes e que fizeram muita diferença para mim. Algumas delas você com certeza já ouviu falar antes (e vale sempre a pena reforçar!), outras talvez não... espero que de qualquer forma elas te ajudem =)

1. O PAPEL DA IMIGRAÇÃO É (SUPER) IMPORTANTE Leve super a sério quando a pessoa da imigração te disser "guarde bem esse papel". Mesmo viajando com passaporte e fazendo questão de ter o carimbo de "admitido", o que realmente te permitirá sair tanto da Bolívia quanto do Peru é este maldito papel 10 cm x 10 cm. Se mesmo sabendo disso você o perder, não se apavore... como quase tudo nessa vida, basta pagar uma taxa. Aconteceu comigo no Peru e no próprio guichê de imigração do aeroporto eles me orientaram. Paguei 14,50 soles e em 5 minutos estava tudo certo =). 2. DEIXAR BRECHAS NO ROTEIRO NÃO É OPCIONAL Cruzar com um protesto na Bolívia é quase tão comum quanto cruzar com uma lhama e a forma preferida de manifestação por lá é bloquear as estradas. Ou seja, você pode acabar preso em uma cidade por um ou alguns dias a mais e acabar perdendo muita coisa se planejou um roteiro do estilo "quero fazer tudo em uma semana". Ainda tem dúvidas sobre o roteiro? No primeiro post do blog eu deixei de presente a planilha completa do meu itinerário (com tempo em cada cidade, gastos e horários). É um ótimo ponto de partida.

3. NÃO PRECISAMOS DE BANHO TODO DIA Sabe aquele banho que você toma toda manhã? Provavelmente você não o terá por lá. É claro que depende de cada roteiro e do quanto você está disposto a pagar por ele. No meu caso, em muitos lugares simplesmente não tinha chuveiro ou tinha água gelada em um frio de quase 0 graus (veja na imagem).

4. ABRIL/MAIO SÃO ÓTIMOS MESES De dezembro a março é a época de chuvas por lá. É claro que o sonho de todo mundo é ver o Salar de Uyuni alagado. Mas você precisa saber que o risco de não te deixarem entrar no salar se ele estiver alagado é alto. Além disso, eu não queria ficar me molhando o resto da viagem. Entre junho e agosto é a alta estação: mais lotada, mais cara e mais fria. Eu fui em abril e maio e amei. Tive 21 dias de sol, nenhuma atividade atrapalhada pela chuva e não congelei de frio (tá, na verdade quase, rs.. em algumas cidades durante a noite já estava bem frio). ​

5. O FAMOSO "MAL DE ALTITUDE" É EVITÁVEL Como você pode ver na imagem, esse roteiro é praticamente inteiro acima de 3.000m de altitude. Eu tinha um super medo de passar mal e acabar perdendo algum dia de viagem por causa do efeito da altitude (mal de altitude). Antes de ir, ouvi muitas vezes que é "uma roleta russa", ou seja, é questão de sorte ou azar. O que eu posso dizer pela minha experiência é que subir uma escada inevitavelmente será mais difícil, mas eu me preveni e não tive absolutamente nada. O que eu fiz, e você também pode fazer, foi: optei por começar o roteiro pela cidade mais baixa (Sucre); nos 2 primeiros dias evitei esforços físicos em excesso; comprei "soroche pills" logo no primeiro dia (vende em qualquer farmácia) e tomei 2 pílulas por dia durante 4 dias; masquei folhas de coca quase constantemente. Aqui vale uma dica extra: a forma correta de utilizar as folhas de coca é colocar um punhado na boca, mastigar as folhas e deixá-las no fundo da boca. Elas farão efeito enquanto estiverem aí! 6. A SIESTA ENTRE 12H E 14H É COMUM EM ALGUNS LUGARES DA BOLÍVIA Antes de decidir visitar algum monumento ou museu certifique-se de que ele estará aberto. Tanto em Sucre como em Potosi vários locais fecham entre 12h e 14h. 7. ANTES DE PEDIR ALGO, PERGUNTE QUANTO CUSTA! (E NEGOCIE) A cultura da barganha é forte nesses países. Por isso, quando for ao mercado municipal ou passar por alguma tienda, lembre de perguntar o preço antes de pedir para levar. Isso vale para corridas de táxi também: pergunte ao motorista o valor da corrida antes de entrar no carro, pois você não encontrará um taxímetro. Na planilha anexada ao post anterior você vai encontrar o preço médio de algumas coisas básicas (água, táxi, ônibus) em cada país. Pode ser bastante útil na hora de você negociar! 8. NÃO RESERVE NADA, A NÃO SER QUE VOCÊ GOSTE DE PAGAR MAIS CARO Como eu mencionei antes, eu fui fora da alta estação, por isso não posso afirmar nada sobre os outros meses. Porém, se a sua viagem for nos meses de abril e maio, vá sem medo! A única coisa que você precisa garantir com antecedência é a Trilha Inca Clássica, caso queira fazer. Todo o resto deixe para decidir na hora: hospedagem, ônibus entre as cidades, passeio do Salar de Uyuni e até mesmo outras trilhas para Machu Picchu que não sejam a Inca. Só como exemplo, conheci uma pessoa que pagou USD 500 para fazer o Salar de Uyuni, reservando antes. Eu paguei 650 bolivianos (na época 1 USD = 6,95 bolivianos). Falando em taxa de câmbio, deixo aqui uma dica extra: verifique antes de viajar se vale mais a pena levar dólares ou reais. Em todas as casas de câmbio que eu fui as duas moedas eram aceitas... por isso o que deve influenciar sua decisão são as cotações. Quando eu fui, mesmo com o dólar super em alta ele valia mais a pena do que levar real. ​

 
 
 

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Carol Ussier
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Uma mulher itinerante, que se encontra na diversidade, no coletivo e na profundidade. Morei por quase 7 anos na África Ocidental, onde me reconectei com minha expressão no mundo: a dança. Acredito na arte como ferramenta de transformação e de ativismo, e sigo pelo mundo tentando entender a relação dos povos com os corpos e a dança. 

 

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